domingo, 7 de junho de 2015

MESTRE OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV

"No plano físico, os seres estão individualizados, separados, e o que cada um vive não afeta diretamente os outros. O vosso sofrimento ou a vossa alegria não se traduz, aparentemente, em sofrimento ou alegria para eles. Se comerdes um alimento indigesto, o vosso estômago é que fica mal, não é o deles. Mas no alto, nos planos subtis, não existe qualquer fronteira entre os seres, e todos os vossos estados produzem efeitos sobre eles. Sim, pois no alto existe um único ser, o Homem cósmico, que é a síntese de todos os seres.
Nós vivemos no Homem cósmico, somos nós próprios o Homem cósmico, e nenhuma criatura existe fora dele enquanto entidade separada. Daí decorre, pois, esta lei moral: todo o bem e todo o mal que fazemos aos outros é a nós mesmos que os fazemos. Talvez vos pareça que isto não tem sentido… Pelo contrário, tem muito sentido, pois no Homem cósmico nós somos um."

"O nosso corpo físico é feito de matéria e, como a matéria está sujeita ao tempo, gasta-se, desagrega-se. É aquilo a que chamamos envelhecer, e as rugas, os cabelos brancos, os reumatismos, etc., são os sinais evidentes desse envelhecimento. Claro que isto não é uma constatação agradável. Mas nós não somos unicamente um corpo físico e, se o facto de este se gastar com o uso faz parte da ordem natural das coisas, nada nos obriga a envelhecer interiormente com ele. Por isso, na verdade não há razões para nos inquietarmos.
As pessoas que ficam muito incomodadas com as marcas da idade que notam todos os dias quando se olham no espelho, em geral, já envelheceram interiormente. Em vez de se preocuparem em manter o que nelas é valoroso e vivo – o seu coração –, identificam-se com o seu corpo, identificam-se com a matéria. Mas é o coração, e não o corpo, que faz com que sejamos jovens ou velhos, e se o nosso coração envelhece é porque nós permitimos que isso aconteça. Para não envelhecermos, é preciso continuarmos a amar os seres e as coisas, mantermos intactos o nosso interesse e a nossa curiosidade pela vida que nos rodeia, sempre nova, rica, abundante."

"Por que é que a espiritualidade é uma ciência? Porque tem por fundamento as leis que regem a vida psíquica. Consequentemente, os cientistas devem reconhecer a sua legitimidade: como a vida espiritual assenta em leis, existe necessariamente uma ciência da vida espiritual. Eu convido-os, pois, a alargarem o seu campo de investigação: descobrirão pouco a pouco que as suas próprias descobertas acentuam a veracidade do ensinamento dos Iniciados. Enquanto eles opuserem o mundo físico ao mundo espiritual, enquanto os separarem, quaisquer que sejam os progressos das ciências, esses progressos deixarão os humanos insatisfeitos, pois são exteriores a eles. É certo que eles lhes proporcionam meios para agirem sobre a matéria, mas pode-se ter todos os meios para agir sobre a matéria e sentir-se no vazio: as descobertas científicas e técnicas são incapazes de alimentar a alma e o espírito.
O trabalho espiritual é, sem dúvida, um empreendimento de grande fôlego cujos resultados demoram a aparecer. Mas aqueles que se lançam neste trabalho ligam-se diariamente ao mundo vivo dos princípios, descobrem um sentido, e esse sentido dá-lhes a plenitude."

"Um dos fundamentos do cristianismo é que, há dois mil anos, Deus manifestou o seu amor pela humanidade enviando à terra “o seu único filho”. Durante um período, esta crença talvez tenha ajudado alguns deles a evoluir, mas agora é preciso abandonar uma tal enormidade, pois isso não é uma boa compreensão do amor de Deus, que é imenso, inesgotável, infinito. Deus teve, tem e terá ainda muitos filhos e filhas. Há milhares de anos que Ele envia à terra seres excecionais para esclarecerem, iluminarem, os seus irmãos e irmãs, e enviará outros mais. Não há que dar ouvidos àqueles que O proíbem de ter outros filhos além de Jesus ou que afirmam que, antes da vinda de Jesus, os humanos estavam privados da verdadeira luz. Como se a salvação dos humanos dependesse da época em que viveram: antes de Jesus ou depois dele!
A Igreja bem pode obstinar-se em fixar um começo e um termo para a revelação divina, que o Senhor não fica impressionado com esses decretos. Ele continua a não os ter em conta, pois está muito para além disso, e não deixará de enviar seres que trarão, cada um deles, novas luzes ao mundo."

"Existem homens e mulheres cujo talento nos deixa estupefactos: eles têm um dom. E o que é um dom? Uma entidade que veio habitar num ser para se manifestar através dele.
Os nossos contemporâneos, que se dizem racionais, talvez nunca admitam esta ideia de que os talentos, as capacidades, são entidades que habitam nos humanos. Mas, então, como se explica que eles os percam? Precisamente porque um dom é um hóspede vindo de fora: ele tinha aceite instalar-se em determinada pessoa, mas, como ela lhe criou condições insuportáveis, acabou por ir embora. Isso aconteceu com muitos que, em vez de zelarem por esse tesouro que possuíam, o delapidaram com uma vida de desordens, de desonestidades, de intrigas. Eles imaginavam que o seu talento era algo definitivamente adquirido. Mas não; infelizmente, não. Então, se não quiserdes perder os vossos dons, se quiserdes ampliá-los ou adquirir outros, deveis preparar condições favoráveis para as entidades celestes: a paz, a harmonia, a luz."

"Todo o ser humano que vem incarnar-se na terra tem necessariamente erros a corrigir, dívidas a pagar, e é a isso que se chama “carma”. Assim, muitos Iniciados, muitos santos e profetas, tiveram de trabalhar, de sofrer, para reparar os erros que haviam cometido em incarnações anteriores. Mas isso não impedia a sua alma e o seu espírito de viverem no esplendor divino, pois, apesar dos obstáculos, apesar da adversidade, eles esforçavam-se por manter o contacto com o mundo divino.
A grandeza de um ser reside no facto de ele nunca perder a consciência de que existe nele uma região inacessível às perturbações e aos ataques, o seu espírito, onde ele pode refugiar-se para continuar a trabalhar. Quando tiver conseguido elevar-se até aí, mesmo que o carma o ataque, ele sente-se acima, sempre acima. O carma quer limitá-lo? Ele liberta-se. O carma quer mergulhá-lo na sombra? Ele permanece na luz… Apesar de todas as circunstâncias contrárias, ele prossegue o seu trabalho."

"Por que é que as pedras preciosas são tão procuradas, tão apreciadas? Porque elas deixam passar a luz… A inteligência da terra trabalhou tão magnificamente sobre certos minerais, purificou-os, afinou-os tão bem, que eles tornaram-se transparentes. Não é isto um convite a procurarmos nas pedras preciosas uma fonte de inspiração para o nosso próprio trabalho, o trabalho espiritual?
As pedras preciosas exercem uma grande atração sobre a maioria dos humanos. Não há nisso nada de repreensível, desde que eles saibam como considerá-las, senão, como se tem visto, o desejo de as possuir pode levá-los a cometer crimes. E como se deve considerá-las? Como uma ligação com o mundo da alma e do espírito. Se aprenderdes a concentrar-vos nas pedras preciosas, na sua pureza, nas suas cores, pouco a pouco as suas virtudes entrarão em vós e todo o vosso ser será iluminado por mil fogos. Então, gostai das pedras preciosas não para as utilizardes como ornamentos, mas para vos alimentardes com as suas quintessências."

"É tão agradável para nós ouvir rir as crianças porque o seu riso é a expressão da vida, do amor. As crianças são continuamente atravessadas por correntes que contribuem para o seu desenvolvimento físico, afetivo, mental. Todo o seu ser se enche de energias e o seu riso é uma explosão de vida.
Nos adultos, o riso também é uma explosão de vida. Quando vós rides, as energias que acumulastes transbordam e sentis necessidade de partilhar algo com os outros. Sempre que sentis a vida aumentar em vós, desejais estar com os vossos amigos e conhecer novas pessoas, porque tendes algo para dar. O excedente de vida que há em vós quer ser derramado algures, e o riso alegre, amistoso, é muitas vezes a manifestação da necessidade de comunicar essa vida."

"Habituai-vos a concentrar-vos na luz. Pensai que a atraís, que a introduzis em vós para que ela encha todo o vosso ser de partículas da maior pureza. E quando sentirdes que incorporastes essa luz, exercitai-vos a enviá-la através do espaço a fim de ajudardes todos os vossos irmãos e irmãs na terra.
Muitas pessoas consideram que não têm dons nem qualidades notáveis e assumem que isso é justificação para viverem uma vida medíocre. Não, ninguém pode justificar-se assim. Mesmo o ser mais desprovido de capacidades, de recursos, pode fazer este trabalho com a luz; e ao fazê-lo ele realiza algo mais importante do que tudo o que outros, dotados, capazes, podem realizar em imensos domínios. Mesmo o ser mais desfavorecido tem a possibilidade de alcançar este estado de consciência superior: atrair a ele a luz e projetá-la sobre todas as criaturas no mundo."

"Os humanos gostariam de viver na terra como num lugar de veraneio… Mas a terra é uma escola (e até, por vezes, uma escola de correção!) onde eles são enviados para fazer estágios de aperfeiçoamento. Por isso, ela nem sempre é um lugar agradável e não é uma grande honra estar nela.
Mas a terra é igualmente um vasto campo para o qual o Senhor envia constantemente obreiros para nele trabalharem e o semearem. Por enquanto, esse campo ainda está parcialmente inculto e serão necessários milhares de anos para o tornar verdadeiramente produtivo. No entanto, as condições estão a melhorar pouco a pouco, há cada vez mais almas que vêm incarnar-se para fazer da terra um jardim florido, um pomar divino, habitado pelos filhos do amor e da luz. Por isso, só encontrareis o verdadeiro sentido da vossa passagem pela terra no dia em que decidirdes participar nesse trabalho."

"Há imensas pessoas que se lançam numa aventura sentimental sem se questionarem verdadeiramente sobre onde isso irá levá-las! Não pensam que uma relação amorosa só tem sentido se elas puderem construir algo de sólido.
Vós desejais ligar-vos duradouramente com um homem ou uma mulher… Muito bem, mas primeiro procurai perceber se existe em vós uma harmonia nos três planos, físico, afetivo e mental, ou se estais somente a ceder a uma sedução passageira, à atração do prazer. Se não tendes afinidades no domínio dos gostos e das ideias, não digais que isso não tem qualquer importância, que as coisas se arranjarão com o tempo. De modo nenhum, pelo contrário: algum tempo depois, depois de se ter esgotado o que certos prazeres têm de novidade, perceber-se-á precisamente que as afinidades psíquicas, intelectuais, são extremamente importantes. Se essas afinidades não existirem, instalar-se-ão os mal-entendidos, a desordem, e naquilo em que se julgava encontrar alegria e dilatação só se encontra desilusões, amarguras e tormentos."

"Quando vos pronunciais sobre alguém, deveis fazê-lo com respeito, com delicadeza, para não prejudicar esse ser ou fazer mal à sua alma, pois uma alma é uma entidade rica e profunda que Deus criou com uma imensa sabedoria e, quando não se tem consideração por ela, age-se como um malfeitor.
Todos aqueles que imaginam que podem, impunemente e a propósito de tudo e de nada, pôr o dedo nas fraquezas dos outros para os ridicularizar, só revelam a sua própria miséria interior. Como é que eles não se apercebem dos efeitos negativos dessa atitude em todo o resto do seu comportamento e até na sua compreensão da existência? Desse modo, cortam a sua ligação com as correntes harmoniosas da vida e, pouco apouco, toda a natureza se fecha para eles."

"O amor tem vibrações tão poderosas que elas podem agir até sobre as pedras. Pegai numa pedra, segurai-a na mão durante algum tempo com muito amor, e ela impregnar-se-á com novas vibrações. É assim que a Ciência Iniciática explica o poder dos talismãs.
Tendes um objeto que vos é estranho: como ele não vibra em sintonia convosco, não pode fazer-vos bem. Mas, se tentardes conciliar-vos com ele, mudar as suas vibrações, dando-lhe muito amor e muita luz, rodeá-lo-eis de camadas fluídicas formadas pelas vossas emanações. Então, esse objeto torna-se para vós um talismã, um amigo que agirá favoravelmente sobre os vossos pensamentos, os vossos sentimentos e até sobre a vossa saúde."

"Num dado momento da sua vida, na adolescência ou mais tarde, muitos homens e mulheres têm tendência para se revoltar contra os seus pais e o seu meio familiar. E aproveitam a primeira ocasião para cortar relações com eles, convencidos de que encontrão melhor algures. Pode não se ter muitas afinidades com o seu meio familiar e não é interdito abandoná-lo. Mas cada um que está na terra deve saber que, se o seu destino o fez incarnar em determinada família e não noutra, há uma razão para isso. Há nessas condições qualquer coisa para aprender, para compreender, há certas experiências a fazer para evoluir.
Existe no universo uma justiça, uma inteligência absoluta que determina exatamente, consoante os seus méritos, em que condições os humanos devem incarnar, em que época, em que país, em que família… E queixar-se ou revoltar-se é inútil, não mudará nada. Eles devem aceitar essa situação e trabalhar, a fim de merecerem melhores condições de existência na sua próxima incarnação."

"Ao considerarem as suas igrejas e os seus templos como as únicas moradas da Divindade, os humanos empobrecem a sua compreensão do sagrado. Existe um só templo que seja, construído pelos humanos, que se compare ao grande templo que Deus criou, o universo? Pode existir um lugar mais sagrado do que um lugar criado pelo próprio Deus? Como é possível imaginar que um edifício feito de materiais que se vão desfazendo é mais importante do que essa obra de Deus que jamais alguém conseguirá destruir? Deve-se respeitar esses lugares de oração e de recolhimento que são os templos e as igrejas, mas também é preciso compreender que se pode adorar Deus no seu templo, a natureza, e em particular na paz e na limpidez da manhã. Aí, o sol que se ergue sobre o mundo é o sacerdote que distribui as suas bênçãos a todas as criaturas: a luz, o calor e a vida.
Onde quer que estejais na terra, o sol brilha acima da vossa cabeça. Não precisais de viajar ou de ir em peregrinação para contactar com ele. Ele é o símbolo da omnipresença de Deus. A sua luz, o seu calor e a sua vida valem mais do que todas as imagens santas e todos os sacramentos."
 
"Para se conseguir permanecer ativo durante todo o dia sem sentir fadiga é indispensável ter, de vez em quando, um momento de descontração. Mas duas ou três vezes apenas não bastam…É dez, quinze, vinte vezes por dia que deveis parar o movimento interior que vos arrasta, para vos recarregardes com uma energia nova. E, nessas circunstâncias, um minuto de cada vez pode ser suficiente.
Assim que tiverdes um momento, não importa onde, em vez de ficardes crispados com uma dificuldade, de vos impacientardes porque sois forçados a esperar, etc., aproveitai-o, entrai em vós mesmos e dizei: «Obrigado, Senhor! Eis mais uma ocasião que me é dada para eu me acalmar, para eu recuperar o equilíbrio.» Apelai para a luz, concentrai-vos numa cor, pronunciai uma fórmula. Em seguida, retomareis as vossas atividades com novas forças, um novo impulso e ideias mais claras. E não tenhais medo de estar a perder o vosso tempo: recuperá-lo-eis depois amplamente."
 
"Está escrito nos Evangelhos que, quando Jesus recebeu o batismo nas águas do Jordão, viu-se o Espírito Santo descer sobre ele na forma de uma pomba. E os Atos dos Apóstolos relatam que, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu na casa onde todos os discípulos estavam reunidos e posou sobre cada um deles como uma língua de fogo.
Sob diferentes formas, esta descida do Espírito Santo no homem é um símbolo que se encontra em todas as tradições espirituais. Mas, pelo facto de se dizer que o Espírito Santo “desce” no homem não se deve pensar que ele é uma entidade exterior ao homem: é o seu Eu superior que se manifesta, a quinta-essência divina que nele foi depositada pelo Criador. Dizer que o homem recebe o Espírito Santo significa que ele conseguiu fazer a ligação com o seu próprio espírito, o seu Eu superior. O Espírito Santo é um princípio cósmico, uma pura emanação da Divindade, e o nosso Eu superior é da mesma natureza que ele. É como uma gota de água no oceano, como uma centelha no fogo, é feito da mesma quinta-essência divina."
 
"Por que é que a justiça humana é tão imperfeita? Porque só se pronuncia sobre as falhas cometidas no plano físico, material. Quando um homem fez estragos no terreno do vizinho, ou não lhe pagou o que lhe devia, ou lhe bateu e o injuriou, todas as leis estão contra ele e ele é condenado. Mas se, por intermédio de coisas que escreve ou diz, ou pelo seu exemplo, ele faz perder a fé, a esperança e o amor a milhares de pessoas, se ele as incitou a viver na devassidão ou a ser violentas, na maioria dos casos a justiça humana deixa-o tranquilo.
Presentemente, admite-se que cada um é livre de exprimir os seus pensamentos e os seus desejos, mesmo os mais escabrosos, sem se preocupar com as consequências que isso terá no destino de certos seres mais fracos, mais influenciáveis. Joias roubadas, vidros partidos, isso sim, é importante, mas almas e espíritos mergulhados na dúvida, na revolta, no desequilíbrio, não é lá muito grave. E, assim, muitas vezes os maiores criminosos passeiam em liberdade. Mas eles devem saber que, um dia, a justiça divina os punirá muito severamente."
 
"Todos estão de acordo em reconhecer a importância da alimentação, a sua qualidade, a sua frescura, mas quantas pessoas sabem que é ainda mais importante saber como comer? A maioria passa as suas refeições a gesticular e em discussões no meio das quais, de vez em quando, põem qualquer coisa na boca. E elas não veem nisso nada de anormal, creem que, seja em que circunstâncias for, o seu organismo se encarregará de receber e fazer a triagem dos elementos necessários ao seu bom funcionamento. Pois bem, estão enganadas: as condições em que elas estão habituadas a comer provocam todo o tipo de problemas no fígado, no estômago, nos intestinos ou no sistema nervoso. Alguém dirá: «Mas eu tenho sempre uma digestão excelente!». Ainda bem! Mas será que vai continuar a ser assim?...
E também é necessário saber que os alimentos contêm forças e elementos subtis que só uma nutrição consciente nos permite receber. Esses elementos, que pertencem ao plano etérico, ao plano astral e até ao plano mental, podem ajudar-nos a melhorar os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, todo o nosso comportamento. Mas na condição de se associar a consciência ao ato de comer."
 
"Quando Jesus dizia «O meu Pai trabalha e eu trabalho com Ele», o que queria ele fazer-nos compreender? Muito simplesmente que também nós devemos pôr-nos a trabalhar. Mas, em vez disso, os humanos deixam Jesus trabalhar com o seu Pai e eles, pelo seu lado, ocupam-se é dos seus assuntos pessoais, dos seus interesses, das suas distrações.
Vós direis: «Mas há uma distância tão grande entre nós e Jesus! Ele é o Filho de Deus, ele é perfeito, ao passo que nós...! É orgulho imaginar que podemos fazer o mesmo trabalho que ele.» Bom, pensai o que quiserdes, mas ficai a saber que Jesus pensava de outra forma. Se ele também disse: «Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito», ou ainda: «Aquele que crê em mim fará as mesmas obras que eu faço e fará até obras maiores», foi porque sabia que o ser humano é capaz das maiores realizações. Mas os cristãos são preguiçosos. Embora afirmem que é por humildade que não se envolvem na única atividade que realmente vale a pena – participar no trabalho de Deus pondo-se ao seu serviço –, de facto isso não é humildade, é preguiça!"

"O amor não é unicamente esse sentimento que os humanos sentem uns pelos outros. O amor é uma energia que vem de muito alto e que é da mesma quintessência que o sol. Os homens e as mulheres têm a tarefa de receber essa energia e de a fazer circular neles de tal modo que ela depois volta para as alturas de onde veio. Se a circulação não se faz corretamente é porque houve muitas impurezas que se acumularam neles, porque eles não fazem esforços suficientes para dominar os seus instintos, as suas paixões. Então, em vez de voltar ao alto, essa energia desce, mergulha nas regiões do plano astral inferior, onde se perde.
Quando o ser humano tiver trabalhado para se purificar, quando ele for senhor de si mesmo, a energia que desce todos os dias da Fonte divina retomará, através dele, o seu caminho para o alto, pois no universo, tal como ele foi pensado e construído pelo Criador, o ponto de partida do amor é o Céu e o seu ponto de chegada é também o Céu."